segunda-feira, 30 de maio de 2011

Amor e vinho


Hoje me tornei escravo da sorte
Como pode?! Eu que tenho tanto talento,
Viver nesse tormento
Num quarto escuro

Ouvindo um radio baixinho
Uma voz vinda da janela
Me confundiu
Não sei mais se é real
Ou se é uma simples mortal

Mas se for surreal
O que estou sentindo, for me consumindo
E eu deixar de ser eu
Novamente eu volto a ouvir a voz
Na janela ou no radio baixinho

Uma voz declarando um poema
Eu sozinho numa cama pequena
Esperando você
Vendo esse outono passar
A te esperar
Naquela mesma janela
Onde eu havia escutado um poema

Ver você minha pequena
Em minha vida passar
Pedindo para estar La
E eu nessa tormenta
Na mesma cama pequena
Onde eu tenho que pensar
Em reparar o que pode dar errado
Com o meu coração
Não tem remédios pra paixão
A dor assusta me incomoda
Quando ela me sufoca,
Vejo o seu retrato
Comigo ao lado
Penso em você como era bom
Esse prazer faz de nós um som
Som de pecado, amor sincero
É bom ter você do meu lado

Preciso arrumar a mesa, por tudo do meu jeito
Com o seu cheiro
E uma flor do lado
Uma rosa vermelha
Abro a janela, o sol se faz presente
Ele quer entrar e estar convidado
Na mesa ponho aquele nosso retrato
O vinho ta no ponto
Temperatura 7graus, seu numero da sorte
O som também quer entrar
Olha só que lindo
É o som que sempre ouvimos
E que sempre esteve na minha janela
No meu quarto escuro
Confundindo com um radio baixinho
Poesia, um violão nada mais que isso
Basta sentir a vibração
Agora basta você se aproximar do meu lado
Eu vou falar baixinho
Como poesia, de dizer que o mundo
Só tem graça quando vivemos com alegria
Que essa nossa energia
Que é tão linda
Hoje se transformou em amor.



Alexandre Boarro